quinta-feira, 16 de outubro de 2008

A FALTA DE CIVISMO...

A FALTA DE CIVISMO!

A falta de civismo é um dos principais fautores da conflitualidade social. As estatísticas poderiam dizer que uma boa parte da criminalidade advém da falta de respeito social. Verifica-se esse comportamento anómalo nas estradas, nas ruas, no emprego, no clube etc. O desespero leva muita gente aparentemente de bom senso a pegar numa arma e resolver os conflitos, tanto mais que, por vezes, as autoridades não agem com a celeridade necessária.
Com frequência tomamos conhecimento que alguém muniu-se de uma arma e abateu um vizinho ou alguém das suas relações familiares ou profissionais.
Há 50 anos haveria no país a décima parte dos veículos automóveis. Hoje há cerca de 5 milhões, i.e., cada duas pessoas em média têm um automóvel. Grande parte dos prédios têm garagens mas as mesmas estão alugadas para comércio, indústria, igrejas, armazéns, etc. e ainda há muitas outras que não são utilizáveis pois as Edilidades aprovam projectos tão errados que os veículos não conseguem entrar e quando conseguem ficam em sérios apuros para sair.
São inúmeras as novas urbanizações onde as viaturas ficam na rua por não poderem ser utilizadas as respectivas garagens.
É também neste contexto que muitos se habituam a estacionar sem pensarem nos cuidados que devem ter com os outros, ocorrendo muitas vezes que alguém pretende utilizar a viatura mas a mesma está bloqueada, ora dentro da garagem, ora na rua com estacionamento anárquico.
Mas os conflitos têm origem em muitas outras razões que vão desde o comportamento agressivo até ao ruído perturbador do descanso dos moradores e vizinhos.
Há indivíduos que instalam equipamentos sonoros agressivos quer em automóveis quer nas suas habitações. Estes indivíduos ao debitarem decibéis muito acima do bom senso pensam que todos os outros preferem aquele tipo de música, o que não é verdade.
Outros há que se passeiam em motas 4 mesmo junto das polícias causando um ruído ensurdecedor sem que nada lhes aconteça nos termos previstos pela legislação em vigor.
Outros ainda, abandonam os seus lares durante um dia inteiro de trabalho e deixam cães abandonados nas varandas, sendo que alguns produzem ruídos perturbadores dado o tamanho dos mesmos.
Quando por vezes são efectuadas obras em apartamentos, uma coisa é usar o cinzel e o martelo, e outra bem diferente é usar um martelo pneumático que faz estremecer todo o prédio, causando um mal-estar indizível. Com efeito, quem opera a maquinaria não se sente afectado. O dono da obra quer vê-la acabada quanto antes sem se importar se há vizinhos acamados, doentes ou que simplesmente com horários diferenciados, trabalhando de noite e necessitando de descansar durante o dia.

TELMO VIEIRA

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